Há quanto tempo não escrevo um verso
Quantas noites não durmo com a musa
Há quantos sóis não enfoco uma palavra
Quantas vidas me restam
Neste turbilhão de acontecimentos
Perdi a conta das imagens sensuais
A roupa rota
O andar cansado
Com a esperança doente
Procuro a minha estrela
Que se recusa a vir e tira o
Dia pra vadiar
Enquanto minha cama espera
Sonolenta o seu corpo.
Rio, 27/5/78.
Foto: Bárbara Rudge, tirada no Mirante da Colina, Teresópolis, em agosto de 2019.

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